segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Enquanto lhe deixava caminhos abertos para que passasse, ali mesmo já previa a trilha que iria se cobrir com o tempo, caso demorasse a me procurar.
Enquanto esperava, e ansiava, já saia contigo para ver a a despedida do sol. Já sentava contigo nas ruas para deixar que passasse uma brisa que batesse em teu corpo e me deixasse o perfume.
Já sonhava contigo antes mesmo de ver-te chegar.
Já deixava entrar em mim a luminosidade que te engrandecia ao longe.
E mesmo sem te avistar, sentia teus passos correr, ouvia teu peito bater, corrias pra se esconder, pra que não me visses ali.
O que na verdade não sabias, era que mesmo antes de ver-te, e conhecer-te e abraçar-te,
já oqueria. Já o amava. O esperava.
Não haveria ninguém a passar no teu lugar. Pois seria a tua hora. E não poderíamos assim evitar. E mesmo que pudesse não queria poder.
Quero continuar no mesmo lugar, ouvindo teu timbre suave, enconstada à porta pensando, enquanto o vejo viver.
Quero tê-lo parcialmente, pra que possa tê-lo sempre.
Quero beijá-lo aos poucos, pra que consiga sentir-lhe muito.
Quero que lembres da floresta que abristes em meu peito, e colha agora todas as pétalas que deixates cair pelos caminhos percorridos e pelos que percorrerás.
Quero que saibas...
Quero que me encontres do mesmo jeito. Inquieta, falante, sonhadora e tua.
Enquanto não sumir todas pegadas que o leve a mim, quero que lembres desse caminho.
Quero que sigas por ele enquanto puderes e quiseres.
Até cortarem nossos dias ao meio, e entederes que metade deles, também é a minha metade.
Assinar:
Postagens (Atom)