Você pode me olhar agora, e me ver com toda essa insanidade no olhar.
Pode me ver sorrir, mas não consegue sentir meus dentes trincados, rangendo.
E vai saber entender, que não consigo suportar tanto tempo.
Não tenho estruturas para que possa esconder, sem viabilizar uma saída.
Todas as saídas de meu corpo, todas as palavras soltas,
todos os meus atos inconsequentes, toda essa melancolia que sangra dentro de mim.
Que rasga a carne dessa maneira deixando vazar, toda nostalgia que me acompanha.
Toda nostalgia de verão. Todos os anos, a mesma companheira.
Me dando essa felicidade instantânea de amar.
De amar tanto que não se pode calcular.
De viver tanto, que não se possa controlar.
De me doar de tal maneira que não possa mais voltar...
àquele mesmo eixo. àquele mesmo ponto de partida.
Àqueles mesmos instantes...
Eu trago aqui dentro, uma bagagem que não pode ser exposta.
Você não pode ver, nem tocar, nem saber.
Todas que não posso trazer de volta, não posso repetir. Nem posso concertar.
Apenas veja o brilho de meus olhos nessa selva perdida que me encontro.
Não conte os passos que dou pra trás, mas some aos teus para que siga adiante, e, se quiser me acompanhe.
Se aguentar tamanha loucura, se quiser tentar um novo jeito de viver.
Se quiser entender como chove aqui dentro, e como crescem todas as mudas dando frutos duradouros,
gerando vida.
Isso se chama amor... um amor que talvez nunca sentistes.
Uma forma de amor que talvez nunca reconheça.
Um amor que reinvento todos os dias, para me alimentar, e sobreviver.
domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Ao imaginar tamanha distância que afasta.
Tamanha insuficiência que me constrange,
me sobe o corpo e aperta o peito.
O que já não é direito, nem errado.
O que não é descabido, nem cabe tanto.
O que não folga, não dá uma pausa.
Vem como um furacão,arrastando a tudo.
Revelando em meus olhos toda melancolia,
toda falta de limites,
toda falta de mim.
Ao recolher, ao destruir, ao incitar esse medo.
Me resumindo ao pó.
Recolhes agora, todos os cacos espalhados pelo chão.
Limpes toda tua sujeira, todo teu desapego.
Recolha de mim tuas digitais, e leve com elas todos os dedos que me tocam. Todos os olhares curiosos.
Não levantes a voz, nem se aproximes mais.
Pois colocastes tuas formas, tomastes teu espaço, invadistes tanto, que agora me falta.
Agora me divide.
Recolhas tuas fantasias, e tuas manias,
teus delírios, tua consumação.
Tuas idéias, tua imensidão.
Recolhas todas as sementes, antes que todas cresçam,
e me faça não recusar.
E me faça não afastar.
Antes que desista eu mesma de mim.
Antes que faças falta. E meus nervos venham suplicar por decência.
Por verdade, por juízo, por sinceridade,
por tua pele, por teus lábios, por tuas mãos,
por você.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Mal infinito
Então me diga, onde isso pode parar?
Por qual caminho que pode chegar no fim.
Se é que o fim existe.
Se for de verdade que tudo um dia acaba.
Se todas as teorias por fim acontecerem, o que acontecerá?
Todos os dias, cruzando o mesmo caminho, as mesmas direções,
mas imperceptivelmente, nunca parece, mas não chega,
Visívelmente me encolho diante certas anormalidades que parecem sempre acontecer somente comigo.
Insultando, com os olhos dentro dos meus,me desafiando. Me
Tornurando.
Oscilando, cada vez mais confundindo.Deixando pra trás todo
Respaudo, desaparedendo com todo pudor.
Sinceramente, não sei mais se acredito em infinito.
Não sei mais aonde se encaixa a eternidade.
Não sei o que acontece quado me perco dessa maneira, e por que ajo como cego
pior. sou aquele que não quer ver. Não quer acreditar.
Aquele que não consegue as vezes admitir, quando começa a perder,
a descontrolar, esmurecer.Tendo que recolher minhas penas, todas cheias, tendo que sair de cena.
Eu sou ainda aquela que espera no portão por uma carta,
e que ao deitar suspira ansiando pelo próximo dia.
Que não se importa mais com coicidências, que não zela mais por atitudes.
E continua sem entender como chegará o final,
aonde ele se instalou.
Por onde ele se perdeu de tanta demora,
e de que maneira será extinto esse vazio, essa extensão, essa pretensão...
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Por esses dias
E se não ardesse, mesmo assim gemesse,
Se não colocasse, e mesmo assim chorasse,
Se não proibisse, e em mim explodisse.
Se não censurasse e assim cortasse, desfalcasse, tudo o que me arrebenta inteira por dentro
E mesmo assim retribui o que a ti mesmo?
Mesmo assim, o que satisfaz o teu ego?
Mesmo assim, o que alivia tuas dores?
Pois eu sei das minhas, eu sei meus espinhos da carne, eu sei minhas frustrações
e debilitações.
Eu sei de meu desacordo, e minhas confusões.
Eu sei de minhas transgressões.
Eu sei de minhas diferenças.
Eu sei dos meus desafetos.
Eu sei quando tu pensas, e se vai agires, e se me notarás.
Não sei se me entenderás,
se me sentirás,
se me surpreenderás, por menos tempo que seja, e por mais tempo que haja,
durante todos esses dias...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Se realmente o desejo, e explico isso da cabeça aos pés, os motivos.
Se de fato não escondo o que não deveria ser dito, admitido talvez.
Numa maneira sádica de transmitir meus pensamentos.
Se encontro na calmaria o que explode em turbulências, mesclando todos os sentimentos,
aguçando todos os meu sentidos.
Encontro nessas infindas expectativas razões suficientes pra me sentir livre.
Pra renovar o espírito, pra rejuvenescer a alma.
Constrastando todas as possibilidades diante de mim, traço todas as ocasiões, como num jogo de estratégias.
Como se meu coração fosse frio e calculista.
Eu carrego em mim o oposto dos limites, das objeções.
Eu aprendo a voar sozinha se preciso for, e me instalo nas fontes que me alimentam.
Que me saciam. Que não me limitam.
Não me escondo das verdades, dos desafios, das armadilhas.
Eu quero engolir-te a seco. No oculto ou no explícito, não me interessa.
Quero revirar toda bagunça da memória, e me surpreender.
Me reencontrar.
Me satisfazer, de tudo aquilo que a muito tempo me agonia, me paralisa.
Deixe então o tempo passar... mas não vire as costas numa esquina qualquer.
Não se afaste tanto assim. Não finja que não percebe o que é.
O que seja que for,
o que no entanto será...
sábado, 23 de outubro de 2010
Decifre
Uma tal displicência que aos poucos se aproximava de mim por todos os lados.
De repente tudo muda.
Conforme passado todo o tempo minhas memórias presas num passado escuro.
Minhas memórias que foram congeladas dentro de meus dias tristes.
Não ria de mim se acaso eu tenha atitudes suspeitas, fora de ritmo.
Se iguale você a este ritmo e me envolva nele.
Me conquiste como se fosse a última coisa a se fazer.
Aquela ardência que consome meu corpo aos poucos, sucumbindo de tal maneira que fico sem direito de resposta.
Fico a mercê de tuas loucuras, e tuas idéias, e nossas coicidências.
E fraqueja num simples toque teu. Isso porque nessas noites, em que o verão se aproxima, me dá esse arrepio na alma, esse calor em meus lábios, essa sede insaciável de me aproximar.
Quero que descubra-me como um segredo indecifrável que te corrói a mente e te alucinar no poder que nenhuma coisa ilícita possa chegar a tal poder.
Quero que sintas dentro de ti, o que consome em mim. Sinta como é o sabor de cada pecado consumido, cada mordida dada em mim, o levará ao extase que não imaginas o que possa ocorrer.
Não quero ser remanescente dentro de teus dias.
Quero somá-los aos meus e alongar nossos momentos para enquanto durar existir coerência.
Existir um pouco de ti em mim.
Para que enfim me compreendas, e ao acordar, não procure vestígios de onde eu não possa estar.
Não quero trancar-te num pode de ouro e guardá-lo ali eternamente.
Quero vê-lo brilhar enquanto reluz.
Quero ver-te viver e ser feliz.
O resto, é consequencia do que plantamos.
O resto deixe pra depois, pois anoitece, e minhas forças se renovam na madrugada.
É quando enfim páro, olho ao redor, e sinto tudo o que me incita à flor da pele. Tudo que me encaixa nesse sentido dado por ti.
Não quero que me leias, apenas, e compreenda. Quero que sejas eu por uns instantes, pra que explique-me o que sinto com tuas palavras.
Não se apresse, chegue devagar, e domine por fim o que quero que seja teu pelo tempo que necessário seja.
De repente tudo muda.
Conforme passado todo o tempo minhas memórias presas num passado escuro.
Minhas memórias que foram congeladas dentro de meus dias tristes.
Não ria de mim se acaso eu tenha atitudes suspeitas, fora de ritmo.
Se iguale você a este ritmo e me envolva nele.
Me conquiste como se fosse a última coisa a se fazer.
Aquela ardência que consome meu corpo aos poucos, sucumbindo de tal maneira que fico sem direito de resposta.
Fico a mercê de tuas loucuras, e tuas idéias, e nossas coicidências.
E fraqueja num simples toque teu. Isso porque nessas noites, em que o verão se aproxima, me dá esse arrepio na alma, esse calor em meus lábios, essa sede insaciável de me aproximar.
Quero que descubra-me como um segredo indecifrável que te corrói a mente e te alucinar no poder que nenhuma coisa ilícita possa chegar a tal poder.
Quero que sintas dentro de ti, o que consome em mim. Sinta como é o sabor de cada pecado consumido, cada mordida dada em mim, o levará ao extase que não imaginas o que possa ocorrer.
Não quero ser remanescente dentro de teus dias.
Quero somá-los aos meus e alongar nossos momentos para enquanto durar existir coerência.
Existir um pouco de ti em mim.
Para que enfim me compreendas, e ao acordar, não procure vestígios de onde eu não possa estar.
Não quero trancar-te num pode de ouro e guardá-lo ali eternamente.
Quero vê-lo brilhar enquanto reluz.
Quero ver-te viver e ser feliz.
O resto, é consequencia do que plantamos.
O resto deixe pra depois, pois anoitece, e minhas forças se renovam na madrugada.
É quando enfim páro, olho ao redor, e sinto tudo o que me incita à flor da pele. Tudo que me encaixa nesse sentido dado por ti.
Não quero que me leias, apenas, e compreenda. Quero que sejas eu por uns instantes, pra que explique-me o que sinto com tuas palavras.
Não se apresse, chegue devagar, e domine por fim o que quero que seja teu pelo tempo que necessário seja.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Não censure
Eu não preciso que me lembrem toda vez quando estou errada.
E não gosto quando pegam todas as minhas possibilidades, minhas escolhas, e jogam todas
bueiro abaixo como se fosse um lixo qualquer.
Minhas urgências, minhas limitações, meus passos em falso. Em tudo há alguém que me censure.
Uma censura descabida, invasiva, que corrói as paredes da verdade, e assim invade.
Tomando um espaço não autorizado.
Por onde passo, com quem eu falo, como caminho, como me visto, se sorrio demais, ou se fico calada.
Por acaso sempre haverá quem por perto esteja. Indique, veja. Fale. Censure.
Eu quero rasgar de vez tudo isso que me envolvia, e deixar que se perda por outros caminhos todas as pistas que levem até mim. Para que ao menos por uns instantes eu possa respirar.
Olhar em volta e perceber enfim um pouco de solidão.
Um pouco de espaço, de vazio.
E assim ficar. Com minhas manias, minhas vontades, meus exageros.
Poder rir mais alto, falar mais alto, subir mais alto.
Poder juntar todo lixo que jogavam fora, e colocá-los em seu devido lugar.
Implantar em mim todas as minhas loucuras que já jogara fora, e não deixá-las fugir sem que eu possa perceber...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Desde então daquele dia, todas as vertigens se separaram de meu corpo disperso.
Todos meus medos apagados, meus conceitos ignorados.
Me pus contra a parede me obrigando a assistir todos os meus meios serem despedaçados.
Mas eu encontrei finalmente o ritmo que me fazia falta.
Totalmente sem nexo, sem sexo, sem cor.
A mesma sensação de querer subir, explodir pelas paredes afora, sair vazando por todos os lados, desconsiderar todas as trilhas percorridas até então.
Uma por uma, apagando meus rastros, apagando minha identidade,
Mas ainda a tenho por dentro trancada no peito, para quem queira ver, e sentir, e conhecer de verdade, esse outro lado.
Concordar em deixar queimar, esse efeito que anestesia nas veias.
Até que se sinta derreter dessa felicidade, dessa instantaneidade ocorrida.
Até que soluce dentro de si o que se aflora, explorado na pele, saindo pelos poros, se espalhando.
Até que dentro de si se perceba o que te mastiga aos poucos,
te tragando em silêncio, sem te consumir...
domingo, 10 de outubro de 2010
★
Aprendi a lidar com as possibilidades.
Sejam elas positivas ou não.
Seja dia ou seja noite.
Seja hoje ou amanhã.
Pois talvez perca tempo demais olhando para o lado.
E nesse tempo não quero ver-te com olhos molhados.
Nem quero ver-te sobrar nessa agonia.
Nessa visão introspectiva de si mesmo.
Nesse drama quase que diário de buscar o que não pode achar com os olhos.
Sentir cada dia de cada vez, essa é a diferença que deve lhe acrescentar.
E ser sentido junto com todos os teus detalhes mais íntimos, mais teus.
Sujar teus lábios de delícias, e sorrir.
Talvez essa seja a diferença.
Deixar tuas palavas mais soltas, pra que não volte a buscar.
Talvez essa seja a diferença.
Agir mais sem que se perceba,
amar mais sem que se queira.
Permitir-se mais a desabrouxar, talvez seja essa a diferença...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Tanto faz
Se mais uma vez me perder, tanto faz.
Eu sinto no instinto, no cheiro. Eu busco até que ache.
Eu vou caminhando, dando tropeços pela vida,
pois olho para frente, nunca para o chão.
Ando buscando sempe aquilo que chamam por felicidade.
E se as vezes a encontro, trata logo de fugir de mim.
E corro como se não pudesse mais esperar.
Pois de fato não posso, nem devo.
De fato arrepio cada vez que sinto tocar em minha pele isso que não sei o que é.
Sinto na carne, sinto pesado.
Sinto chover as vezes dentro de minha cabeça.
Mas escondo de todos tudo aquilo que me afige, e por trás de toda dor,
há um sorriso, uma esperança, uma certeza.
Se mais uma vez me perder, tanto faz.
Foram tantas as vezes pois já me perco ao contar.
Foram tantos os dias, tantas as horas, tantas as vezes. Tantos espantos, tantos e tantos...
Mas se por aí me encontrar, tanto faz.
Desde que deixe comigo, aquilo tudo que preciso, e que quero, e que anseio, e que espero...
Mas se mesmo assim não puder... tanto faz.
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