terça-feira, 19 de outubro de 2010
Não censure
Eu não preciso que me lembrem toda vez quando estou errada.
E não gosto quando pegam todas as minhas possibilidades, minhas escolhas, e jogam todas
bueiro abaixo como se fosse um lixo qualquer.
Minhas urgências, minhas limitações, meus passos em falso. Em tudo há alguém que me censure.
Uma censura descabida, invasiva, que corrói as paredes da verdade, e assim invade.
Tomando um espaço não autorizado.
Por onde passo, com quem eu falo, como caminho, como me visto, se sorrio demais, ou se fico calada.
Por acaso sempre haverá quem por perto esteja. Indique, veja. Fale. Censure.
Eu quero rasgar de vez tudo isso que me envolvia, e deixar que se perda por outros caminhos todas as pistas que levem até mim. Para que ao menos por uns instantes eu possa respirar.
Olhar em volta e perceber enfim um pouco de solidão.
Um pouco de espaço, de vazio.
E assim ficar. Com minhas manias, minhas vontades, meus exageros.
Poder rir mais alto, falar mais alto, subir mais alto.
Poder juntar todo lixo que jogavam fora, e colocá-los em seu devido lugar.
Implantar em mim todas as minhas loucuras que já jogara fora, e não deixá-las fugir sem que eu possa perceber...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário