Você pode me olhar agora, e me ver com toda essa insanidade no olhar.
Pode me ver sorrir, mas não consegue sentir meus dentes trincados, rangendo.
E vai saber entender, que não consigo suportar tanto tempo.
Não tenho estruturas para que possa esconder, sem viabilizar uma saída.
Todas as saídas de meu corpo, todas as palavras soltas,
todos os meus atos inconsequentes, toda essa melancolia que sangra dentro de mim.
Que rasga a carne dessa maneira deixando vazar, toda nostalgia que me acompanha.
Toda nostalgia de verão. Todos os anos, a mesma companheira.
Me dando essa felicidade instantânea de amar.
De amar tanto que não se pode calcular.
De viver tanto, que não se possa controlar.
De me doar de tal maneira que não possa mais voltar...
àquele mesmo eixo. àquele mesmo ponto de partida.
Àqueles mesmos instantes...
Eu trago aqui dentro, uma bagagem que não pode ser exposta.
Você não pode ver, nem tocar, nem saber.
Todas que não posso trazer de volta, não posso repetir. Nem posso concertar.
Apenas veja o brilho de meus olhos nessa selva perdida que me encontro.
Não conte os passos que dou pra trás, mas some aos teus para que siga adiante, e, se quiser me acompanhe.
Se aguentar tamanha loucura, se quiser tentar um novo jeito de viver.
Se quiser entender como chove aqui dentro, e como crescem todas as mudas dando frutos duradouros,
gerando vida.
Isso se chama amor... um amor que talvez nunca sentistes.
Uma forma de amor que talvez nunca reconheça.
Um amor que reinvento todos os dias, para me alimentar, e sobreviver.
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