Acontece que existem palavras que machucam demais.
Doem, na mesma intensidade com que um caco de vidro vem rasgando a pele, arrastando a carne,
deixando dores, deixando aperto no peito.
Depois que o sangue esfria, é sempre pior, pois a dor continua a arder, e a remoer por dentro cada letra dita, e dolorosa.
Consegui conter durante muitas horas, mas antes de me deitar relembrei.
E doí. E chorei.
Uns arrepios tomaram conta de mim, uns sentimentos, todos fugindo e se contradizendo um ao outro.
O que causa essa dor, muito mais que verdade, muito mais que saudade, mais que qualquer vontade, é uma dor diferente e oposta de qualquer outra.
A de querer e não ter, a de querer e não ser, a de querer e não poder.
Todas em uma, todas invadindo sem rumo cada centimetro de mim.
Um conflito extasiante de eu e eu mesma.
Um desses momentos que acontecem dificilmente, mas acontecem.
Os olhares quase que indisfarçáveis de pena.
Indigno te tornas de minhas palavras.
Qualquer que seja, será elevada de teus conhecimentos. Pois não necessitas inteligência pra que tenhas sensibilidade.
Para que tenhas senso, e tenhas essência o suficiente para não repetir tais erros.
Não mereces uma vírgula sequer saída de mim. Escrita ou falada, nada que o direcione.
Nada que nos envolva, ou aproxime.
Nada de mim que o interesse, nada.
Nada em ti que me interesse. Nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário