A fragilidade de minha alma se torna a mesma de uma bolha de sabão que simples e inevitavelmente voa, desliza pelo ar afora, pronta pra explodir a qualquer momento.
E não sobra uma gota sequer, pra que fiquem rastros.
Não me sobra uma palavra que descreva, quão frágil sou.
Tudo que me rodeia, tudo que saqueia minha mente de repente, não tem mais valor.
Que viesse apenas para dizer que não estaria mais, mas nenhum sinal, nenhuma sombra, nenhum sentido.
E quanto menos sentido tem, mais me embaralho.Mais me enraivece.
Meus olhos pesam, pedem descanso.
Minhas mãos se abraçam, se laçam, se fitam pra que possa me sentir.
Pra que possa me acalmar.
Só peço que não lamente o que provavelmente poderia acontecer.
Nem remende o que já está definido e acabado.
Não tente concertar o que já foi quebrado.
Da hora que eu acordar, à hora que adormecer, tentarei me convecer que tudo foi um engano, pra que no final eu não fique mal. Pra que depois não padeça, não sufoque, não desfie aos poucos, como a barra fraca de uma calça velha, que de tanto ser usada, se acabou.
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