quarta-feira, 2 de março de 2011


Antes que queiras tranformar-me em mais um livro lido e terminado em sua estante, ainda venho lembrar que minhas páginas não foram todas escritas apenas por ti.
Existem em mim, registros vários, de dias tantos, e horas vagas.
Entre algumas paralelas viestes. E nada de sutilezas, nada.
Em alguns dias, apenas abrir as janelas me basta. Não me importar com o que se passa lá fora, me  fertiliza.
Agregar valores a momentos variáveis me inspira.
Não ter o que pensar, me encomoda.
Adentrar por florestas desconhecidas é o que me agrada. E de verdade, em sua floresta, em seu território eu não me perdi.
Em suas vertentes eu não te encontrei. Diante tantas máscaras, tantos mistérios, não me envolvi.
Nem mesmo pensei em querer.
Apenas o deixei passar por mim.
Apenas permiti que passasse, nunca pedi que ficasse. Pra que não se engane, nem se engrandeça, e nem mesmo se gabe pelo que não existiu.
E rasgue de vez todas as páginas que por engano resolvestes escrever.
Pra que não exista futuros lamentos, pra que não fique alguns recentimentos, e simplesmente acabe com o que não começou.

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