De tanto, ou de tanto em tanto, chega-se a hora que sair à francesa será sempre a melhor opção.
Ao sair de lugares, ao trocar os passos, ao se envolver além da conta.
Ao passar da cota, dos limites. Ao enxergar a sujeira próxima do tapete. E não varrê-la para baixo, mas encarar a vassoura e a poeira.
Ao não ver soluções. Ao pensar que as viu. Para que ninguém me veja sair.
Não é uma maneira bruta de fugir, nem mesmo sutileza para desviar... são incertezas.
E sempre nelas é que me perco.
São anormalidades, uma certa bipolaridade que me toma as vezes.
Mas nem isso ao certo sei dizer se é. Se foi...
Pra que evite também que todo mal seja alastrado, corto no meio as correntes. Corto sem pena, arrancando raízes. Puxando sem medo, pra ver no que dá. Até onde vai.
Mas devo dizer-lhes, mesmo que não possa olhar nos olhos, sei que a única maneira de me atingir de verdade, é sonhar ilimitadamente. Não suporto realidades, não suporto.
Não tenho saúde pra desamor.
Não tenho espaço pra dor.
Não revejo conceitos sem que nada mude.
Deve-se mudar... nem que mude apenas de lugar, e tudo continue o mesmo.
O que me garante um pouco de suficiência, satisfação, é a enganação de mudanças.
Pois a ordem dos fatores, matematicamente ou não, de fato não altera produto algum...