quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Me levastes dessa maneira como correnteza.
Cada vez mais profundo, mais distante.
Deflagrando toda minha insegurança.
Desperdiçando toda assimetria, todos os contratempos.
Trazendo como refúgio o teu peito acelerado, e foi nisso que errastes.
Colocastes em inérsia o que não poderia nunca parar.
E ali descansei, ali descobri meu verdadeiro rumo.
Ali me perdi.
E foi como se tivesse estendido uma ponte para que por ali passasse.
Como se minha respiração suspendesse, e se minha voz falhasse, e meu olhar morresse, mas não morreu.
Nem se afogou, nem me doeu.
E ali pousei... sem pena, sem pausa, sem passo.
Ali parei,  arrumei um espaço pra descansar.
Mas sinto que me falta um pedaço, uma parte uma arte.
Falta ainda tecer minha teia, falta ainda chegar lua cheia,
falta prender o teu sangue em minha veia...

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